Friday, April 27, 2007

Ao Rio Zêzere das minhas memórias

Thursday, April 26, 2007

Mistérios da Alma


Mysteries

God knows how I adore life
When the wind turns on the shores lies another day
I cannot ask for more

When the time bell blows my heart
And I have scored a better day
Well nobody made this war of mine

And the moments that I enjoy
A place of love and mystery
I'll be there anytime

Oh mysteries of love
Where war is no more
I'll be there anytime

When the time bell blows my heart
And I have scored a better day
Well nobody made this war of mine

And the moments that I enjoy
A place of love and mystery
I'll be there anytime

Mysteries of love
Where war is no more
I'll be there anytime

Suores de Abril


Abril é um mês entusiasmante.
É o mês da Liberdade.
Da força pura e revolucionária.
Dos sonhos completos.
É o mês dos medos, para alguns, da loucura, para outros.
É o mês em que nasceram dois dos meus três irmãos.
A minha irmã, acaso do destino, no simbólico 25, ainda que anos após o marcante ano.
É o mês em que se comemora a revolução dos cravos… com um dia de antecedência.
É o mês em que se comemora, de forma simples, a data na sua essência.
De uma forma simples e em simbiose. Afinal nada faltava.
É o mês em se adormece quando se quer viver.
É o mês em que se acorda quando se quer dormir.
É o mês em que se volta a dormir, porque não se resiste.
Afinal, em Abril, há quem não resista.
É o mês em que tudo se cumpre e tudo se diz.
É o mês em que tudo é permitido, entre desculpas logo caladas.
É o mês em que, entre suores de sono e abraços sonâmbulos (de medo e protecção), se cumpre uma total revolução de sentidos.
E esta é, afinal, a mudança necessária!

Tuesday, April 24, 2007

Perfect Day

Monday, April 23, 2007

107

(O) Sonho que nos completa.
Uma fuga. Um desejo de partilha. Fomos tudo. Como sempre somos.
Durou a eternidade ideal. Durou a eternidade ideal. Repito. A soletrar.
Fugiste e nada disseste – ou melhor, sussurraste e disse-te que nada tinha ouvido.
Não queria que soubesses o que pensava. Porque pensava em nada. Estava ali. Apenas. Feliz.
Simples. Como é sempre.
Disseste obrigado. Eu sorri e agradeci assim.
Tinhas-me aconchegado a noite. Tínhamo-nos aconchegado, naquela distribuição imaginária dos sentidos.
Depois, voltaste a fazê-lo. Aconchegaste-me os sonhos e pediste-me para sonhar contigo.
Foi o que fiz.
É o que faço.
Gostei de tudo. De tudo. Até podia ter gostado de estar sozinho. Agora já não sei.
E gostei do 107: o número de eleição.

Sunday, April 15, 2007

11 anos e um vestido vermelho

11 anos e um vestido vermelho. No sonho, tinhas 11 anos e um vestido vermelho.
A música, originária das velhas colunas de um carrossel, galopava-te nas veias.
Dançavas, livre, rodavas a saia, e todos paravam para te admirar.
Passavam por ti e tocavam-te, às vezes leve, outras fortemente, no cabelo (sim, no cabelo! Já nessa época era radiante).
Afastavas os elogios com um encolher de ombros. Eras livre.
A noite ou o dia (isso não me recordo. As memórias são traiçoeiras, dizem, às vezes), pertencia-te por inteiro.
Tinhas 11 anos e um vestido vermelho.
A música, cada vez mais intensa, se calhar até ruidosa (os sonhos nem sempre têm sons) galopava-te nas veias.
Foi nesse dia que te conheci (pelo menos, agora sei, começaram as certezas).
As tuas sardas confundiam-se com os ruídos orquestrais das velhas colunas.
O brio (ou seria o brilho?) depositado na romaria dava-te dose extra de confiança. Afastava a timidez (não, já não eras inocente).
Tinhas 11 anos e um vestido vermelho.
A música (que tanto gostas e te faz viver. Assim como a noite, que dizes ser tua) não parava. Nunca pára aquilo que nos faz sonhar. Galopava-te nas veias.
Ainda que de vestido vermelho, calçavas uns ténis. Precisavas de liberdade. Exigias conforto (da mesma forma que, hoje, exiges embalos).
Tinhas 11 anos e um vestido vermelho.
A musica, originária de umas velhas colunas de um carrossel, já nos galopava nas veias.
Espinho, aos quinze de Abril de 2007, às 12:45, depois do sonho da noite anterior. A cheirar o mar.

Saturday, April 14, 2007

One


Friday, April 13, 2007

Bom Fim de Semana, Mundo


Thursday, April 12, 2007

Everyday is like sunday!

Wednesday, April 11, 2007

Tarde

E assim nas calhas da roda
Gira a entreter a Razão
Esse relógio de corda
Que se chama Coração

Uma pequena flor...

Tuesday, April 10, 2007

Na sombra do vento

Na sombra do vento, parecia que a noite nunca mais acabava.
O som, estéril, mas sufocante do vento, confundia-se com a chuva. Grossa. Perigosa. Quase lâmina.
Permanecia perdido naquelas ruas. Tentava encontrar um rumo. Um caminho memorial que o transportasse para outra dimensão.
Não sabia de onde vinha. Pouco sabia para onde queria ir. Não sabia onde estava.
Estava perdido?
Estava louco?
Continuava a andar.
A sombra do vento perseguia-o.
A chuva encharcava-lhe a alma.
Não sabia quem era.
Não chorava.
Não gostava de chorar.
Ouviu uma voz: Profunda e quase cadavérica.
- Quem és?
- Ninguém. Não sou ninguém.
- Porque ris?
- Gosto de me perder. Gosto de ser ninguém.

Monday, April 09, 2007

Dormia tão sossegada


Dormia tão sossegada. Abraçava-se a ele com medo de cair. Não queria adormecer, mas o cansaço vencia o desejo.
Dormia a sorrir, quase como que a viver uma alucinação transcendental. Algo de supremo estava para acontecer. A acontecer.
Alguns livros ao seu lado. Uma garrafa de água no chão.
- "Não acreditas a sede que tive esta noite".
Ele acreditava, mas permanecia sem silêncio. Às vezes, basta o silêncio.
Os pés, antes frios, procuravam fontes de calor. O sono queria-se quente. A protecção conseguia-se entre abraços.
- "Gosto de dormir assim, mas não quero adormecer. Já não tenho medo", tinha repetido.
- "Quero aproveitar todos os momentos".
Aproveitamos sempre, pensou ele.
- "Gosto de te ver dormir. Tinha-te prometido este embalo".
Sorriu.
Voltou a adormecer. Sossegada.
Ele sentiu-a sorrir de novo.
- "Sorris quando dormes".
- "Nunca me tinham dito".
Unos.

Destino

O Destino está aí ao virar da esquina. Mas é preciso correr atrás dele.

Sunday, April 01, 2007

Universos paralelos

Pode até parecer estranho, absurdo ou incompativelmente travado por dualidades.
As vidas, quando boas, são sempre vividas a intensidades alucinantes e, até mais arriscado, mas certo, alucinogénicas.
A distância é superada pela telepatia.
A sintonia aparece como mote para partilhas perfeitas.
As conversas, por mais simples ou até banais, transformam-se em histórias sem tempo e espaço. Sentidas a um ritmo vertiginoso e dignas de relatos intemporais. Para sempre.
Por coincidência, ou não, acordei hoje a pensar na existência dos universos paralelos.
Era uma conversa de outros tempos, mas sempre actual. Cada vez mais actual, até.
Constantemente penso nas coincidências.
Fico a pensar o que teria acontecido se tivesse feito outras escolhas, se tivesse optado por outras ruas. Se me tivesse atrasado cinco minutos para algum desejo planeado.
Todas as atitudes me levam a milhões de caminhos. O que teria acontecido se não tivesse escrito toda esta confusão?
Acabo de mudar o teu destino!
E tu, daqui a pouco, ao falares com alguém, estarás também a mudar o teu destino e o destino desse alguém.
Ainda assim, podemos sempre discordar das nossas escolhas. Sentir que se tivesse sido ao contrário, agora estaríamos melhor ou pior.
Mas nunca se sabe mesmo o que teria acontecido.
Posso ir por uma rua e encontrar uma pessoa que não vejo há muito tempo.
Isso deixar-me-ia feliz.
Mas se tivesse optado por outro caminho, não teria a possibilidade de encontrar algo ainda mais frutuoso?
São assim as opções.
A única certeza?
Não abdicar quando as coincidências transformam os dias num prologamento idílico.