Sunday, April 01, 2007

Universos paralelos

Pode até parecer estranho, absurdo ou incompativelmente travado por dualidades.
As vidas, quando boas, são sempre vividas a intensidades alucinantes e, até mais arriscado, mas certo, alucinogénicas.
A distância é superada pela telepatia.
A sintonia aparece como mote para partilhas perfeitas.
As conversas, por mais simples ou até banais, transformam-se em histórias sem tempo e espaço. Sentidas a um ritmo vertiginoso e dignas de relatos intemporais. Para sempre.
Por coincidência, ou não, acordei hoje a pensar na existência dos universos paralelos.
Era uma conversa de outros tempos, mas sempre actual. Cada vez mais actual, até.
Constantemente penso nas coincidências.
Fico a pensar o que teria acontecido se tivesse feito outras escolhas, se tivesse optado por outras ruas. Se me tivesse atrasado cinco minutos para algum desejo planeado.
Todas as atitudes me levam a milhões de caminhos. O que teria acontecido se não tivesse escrito toda esta confusão?
Acabo de mudar o teu destino!
E tu, daqui a pouco, ao falares com alguém, estarás também a mudar o teu destino e o destino desse alguém.
Ainda assim, podemos sempre discordar das nossas escolhas. Sentir que se tivesse sido ao contrário, agora estaríamos melhor ou pior.
Mas nunca se sabe mesmo o que teria acontecido.
Posso ir por uma rua e encontrar uma pessoa que não vejo há muito tempo.
Isso deixar-me-ia feliz.
Mas se tivesse optado por outro caminho, não teria a possibilidade de encontrar algo ainda mais frutuoso?
São assim as opções.
A única certeza?
Não abdicar quando as coincidências transformam os dias num prologamento idílico.

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