Tuesday, August 21, 2007

@ Yerevan - Pensamento Verde Esperança

Erevan é a capital e maior cidade da Arménia, sendo também uma das suas divisões administrativas, com estatuto diferenciado em relação às províncias.
Está situada nas margens do rio Hrazdan, com coordenadas 40°10′N 44°31′E.
Erevan tem mais de 2.780 anos de história, sendo uma das mais antigas cidades do mundo.
E bla bla bla.
E já viveu tudo: guerras, sangue, dificuldades.
Mas reergueu-se
E tem esperança e tem vida e tem verde e tem pensamento positivo.
E nós também temos esperança e temos sempre vida e temos sempre verde e verde e verde.
E temos sempre pensamento positivo.
E temos um imenso sorriso nos lábios, mesmo que as voltas da vida, às vezes, sejam traiçoeiras.
BOM DIA!

Sunday, August 19, 2007

Lisboa

Friday, August 10, 2007

E eles vivos

Ela do lado direito dele e ele do lado esquerdo dela naturalmente e do lado dizem em que bate o coração e ela a caminhar e ele a caminhar com ela e ela a falar e ele a falar com ela e eles felizes e eles à procura e eles a falarem sozinhos e eles dizem que vão e eles vão e sabem que vão.
E ela do lado direito dele e ele do lado esquerdo dela e ela a dizer que do lado direito também bate o coração e ele a dizer que sim e que vão e que podem ir os dois e que o coração bate do lado que eles quiserem.
E ele do lado esquerdo dela e ela do lado direito dele e o coração a bater ao mesmo ritmo e a praia e o sol e eles a caminharem e ela a falar e ele a falar com ela e eles juntos a pisarem a areia e eles a irem e eles a pensarem que vão e eles com a certeza que irão.
E eles lado a lado e eles sem lados direitos nem esquerdos e eles a caminharem e eles à procura e eles a falarem e eles no fundo em silêncio a sentirem e eles apenas a ouvirem o coração.
E eles vivos.

Tuesday, August 07, 2007

Praia (outra vez)

Ele na água. Ela à espera. O corpo preparado e desejoso. O calor
(do dia, da areia escaldante. O dela).
Ele na água. O calor
(escaldante na água. À espera. Dela).
Ela ficou. E ele apresentou-se sem pudor.
Alguns espectadores. Poucos e sem palmas. Nem gritos de apoio. Ao longe.
Silêncios partilhados e gemidos de prazer.
- "Anda. Entra e fica. Fica!".
Movimentos bruscos e descompassados
(harmoniosos). Pés firmes na areia na areia. Escaldante.
(Escaldantes. Os corpos e os pés e os joelhos e as costas e os peitos. E tudo e tudo).
E o Mundo que parou. E o grito que não se ouviu. E o céu que se pintou!
E vamos!
Marcas no chão deserto. Água que aquecia cada vez mais e levava os símbolos. Que vinham logo depois em outra maré.
Corpos loucos. Línguas perdidas pelos corpos. Perdidas nelas.
- "Molha-me".
- "Refresca-me".
- "Abraça-me e mata-me".
- "Seduz-me de calor. Ataca-me. Investe"
- "Sim! Investe".
- "Gosto das tuas investidas!"
E silêncios. E cópias...
- "Quero rebolar-me em ti e Quero estar envolvida e Quero ser arrepiada por ti e Quero enrolar-me nos teus braços e Quero perder-me em nós e Quero estar suada, escorregar pela tua pele, ter as tuas mãos a balançar-me as ancas, o meu peito cravado no calor do teu e Quero com força, quero com tudo, quero dentro de mim, quero a ouvir o som quente e a dançar descalça".
- "E quero tudo!"

Monday, August 06, 2007

Recordações da Lagoa da Paixão

Não sonhei contigo, mas recordei-me de ti e de uma fotografia. Perdida, como tantas que vagueiam sem rumo nesta memória ilusória. Pautada pelos desejos do vento.
Do vento que sentimos neste dia. E que tínhamos sentido na noite anterior.
(Não sei quantas noites foram).
Estava vento. Disso lembro-me. Estavas radiante.
(Como estás sempre que nos vemos).
Também me lembro.
Recordo-me do que disseste quando parámos. E do que disseste quando continuámos. Disseste para não parar. E disseste para não continuar.
Não querias continuar, mas também não querias que parasse.
(Nunca soubeste o que realmente querias).
Mas parámos. O carro.
E sentámo-nos. Perto e distantes. Distantes mas próximos.
Deste-me a mão e choraste.
(Choras sempre quando estás bem).
Nunca te tinha visto chorar daquela forma.
Começaste a falar de coisas sem sentido. As alterações climáticas preocupavam-te. Lembro-me agora.
Depois falaste da Lua e de como gostas da Noite. Dos teus amigos, que alguns são nossos, e da Vida que tinha sido nossa
(e que era, naquele dia, novamente).
Perdeste-te na Literatura dos teus Sentidos e deambulaste por Livros que nunca tinhas lido.
Alguns eram nossos. E outros eram teus. E outros não eram de ninguém porque não existiam.
Falaste sem parar.
Comias as palavras e abafavas os sons.
Dizias o que querias e o que não querias.
Vagueaste pela Matemática das Emoções e acendeste novo cigarro. Quando até tinhas deixado de fumar
(cigarros).
E falaste. E voltaste a falar. E comeste as palavras. E abafaste os sons.
E disseste para não parar. E para não continuar. E pediste que não. E disseste que sim.
E sorriste no fim.
- "Esta é a Lagoa da Paixão".

Sunday, August 05, 2007

Jeremias, o Troca Pingas e o grande Zé Passarinho

Não são as mesmas personagens, mas até podiam ter sido amigos.
Ou foram mesmo. E ainda são. Em Lisboa.
Nessa cidade que é nossa. E podia ter sido. E foi.
E continua a ser.
Não é sempre?
(com um funicular que abre caminho para o Carmo?)

Thursday, August 02, 2007

Raios

Sempre raios. Sempre raios de sol.. Já viste como são os reencontros?
Falámos de uma hora. Começámos meia-hora mais cedo. E meia-hora antes não resistimos.
Foi assim, não foi?
Adiámos. Parámos e voltámos a acreditar. Depois pensámos e fomos.
Era desejo. Obrigatório. A exigência de Verão.
Músicas que desconheciamos. Juntos.
Sons que queríamos vibrar de novo.
Exigência de Verão?
Não! De sempre.
E depois?
Depois.. havia o depois.
Aquela vontade. Aquele prazer de ruas desertas. Em sítios desconhecidos.
Porque queríamos algo inédito.
De aventuras e de abraços.
(Como são os abraços)
De pedidos. Satisfeitos.
De ti....

Wednesday, August 01, 2007

Entrelaçados nos Son(h)os

Invade-lhe as noites. Todos os dias. Invade-lhe os pequenos cochilos em frente à televisão ou em esperas intermináveis.
Mês após mês. Semana após semana. Dia após dia. Sono após sono. Bastava fechar os olhos. Que estão sempre abertos e atentos. Ou ansiosos. Às vezes melados. Outras vezes preocupados. Sempre felizes.
Nos sonos, ela tudo fazia para o levar. Para o catapultar para novas dimensões de prazer. E de sentir. De sentir.
Sobretudo de sentir e estar.
Sonhava. Nem sempre. Nem sempre sonhava.
Era tudo real. As sensações, os tactos, os perfumes, odores.
Músicas. Até as músicas. Mesmo que os sonhos nem sempre tenham sons ou cores.
Sonhava. Suava sem se mexer e sem calor. Ou com frio. Achava que não se mexia. Pensava que não tinha calor. Não sentia o frio.
Mas suava e sentia o corpo. O outro. Que era seu. Que era deles. Que era um só. Ou que não era de ninguém.
Porque há corpos que não são de ninguém.