Monday, April 23, 2007

107

(O) Sonho que nos completa.
Uma fuga. Um desejo de partilha. Fomos tudo. Como sempre somos.
Durou a eternidade ideal. Durou a eternidade ideal. Repito. A soletrar.
Fugiste e nada disseste – ou melhor, sussurraste e disse-te que nada tinha ouvido.
Não queria que soubesses o que pensava. Porque pensava em nada. Estava ali. Apenas. Feliz.
Simples. Como é sempre.
Disseste obrigado. Eu sorri e agradeci assim.
Tinhas-me aconchegado a noite. Tínhamo-nos aconchegado, naquela distribuição imaginária dos sentidos.
Depois, voltaste a fazê-lo. Aconchegaste-me os sonhos e pediste-me para sonhar contigo.
Foi o que fiz.
É o que faço.
Gostei de tudo. De tudo. Até podia ter gostado de estar sozinho. Agora já não sei.
E gostei do 107: o número de eleição.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home