Tuesday, July 17, 2007

Outra vez as cidades, janelas e recordações

Da janela do meu quarto não se via a cidade. Nunca cheguei a soprar nas cortinas e pouco, pouco mesmo, tempo dediquei àquele quarto, que até me pareceu acolhedor.
Como a cidade.
Há locais pelos quais nos apaixonamos à primeira vista, mesmo nunca tendo acreditado muitos nos amores à primeira à vista. (Há, não há?).
As cidades são como as pessoas. Sempre acreditei que sim.
Sempre acreditei que as pessoas são como os locais e, estes, como por quem lá passou.
Esta cidade é como as pessoas. As que lá habitam, mas sobretudo por aquelas que por lá andam.
De férias. A trabalhar. De férias e a trabalhar. Tudo misturado, como são as confusões mentais.
Gosto de cidades e de sinais. Gosto de ficar marcado pelas cidades. Da mesma forma que gosto que as pessoas me marquem. E tento marcar as pessoas. Da melhor ou da pior forma. Às vezes, da pior.
Há cidades perfeitas. Cidades idilicas. Cidades que chamam por nós. Da mesma forma que nós chamamos por elas.
Bruxelas foi, para mim, uma cidade assim. Marcante e entusiasmante.
Pelas amizades que (re) encontrei.
Mas muito pelas ruas do encantamento.
Cada uma delas cheia de história. Cheia de memórias e recordações.
Repletas de vida. De vidas boas. De pessoas felizes.
Uma cidade que nos obriga a entrar. Perceber o conceito e viver.
As cidades, se calhar, são todas assim.
Eu estava disponível.
E gostei.
Da cidade e das partilhas.
Gosto de cidades que gostam de nós.
(Tinha de dizer isto).

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