Monday, July 16, 2007

Agarrar a luz com um anzol

"Rir é bem melhor que chorar".
Lembrou-se, no imediato momento, das esperas.
Das praias, porque era Verão, e das noites, porque eram quentes.
Recordou-se da paciência do Pescador.
Um pescador enamorado. Pelo mar. Pela vida.
"Há melhor paixão que (saber) viver?".
Depois perdeu-se em histórias que não eram dele, mas que tinham sido. Nessas épocas.
Conversas pela madrugada, às vezes nos finais de tarde, com pescadores que apareciam. Ou ele é que aparecia?
"Gosto deste sossego. A pesca pode ser mesmo o melhor exercício mental".
Acreditou.
E prosseguiu.
Aprendia sempre com os pescadores.
Aprendia sempre com todos.
E.
Depois.
Havia Aquelas pessoas que tinham nascido com dons.
O Dom de fazer bem às outras. Pessoas.
As férias nunca queriam descanso. Exigiam descobertas. Os amigos estavam lá. Mas era estranhos que procurava.
As férias eram descobertas. De outros. Dele.
Procurava. Falava. Sentava-se e nem sempre conversava.
Ouvia.
Desabafos e histórias. Mentiras e Verdades. Quase sempre verdades. Porque até as mentiras são verdades.
Fixou-se, durante minutos que pareceram segundos, num pescador.
O Solitário.
Como ele.
"Como corre?".
"Bem. Acabei de pescar A luz".
Boas férias!

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