Wednesday, July 11, 2007

Moinhos do tempo


Passámos neste moinho sem saber. Ou sem o sentir. A ideia era procurar a história numa qualquer maravilha, que já era nossa e passou a ser de Portugal pouco tempo depois.
Recebeste um telefonema enquanto descansávamos.
"Precisam de alguma coisa ou estão só a descansar?".
Respondemos que não precisávamos de nada. Que descansávamos. De quem?
“Ela já conhecia”, disseste-me, atirando que querias a vitória dos “Verdes”.
E não precisávamos de nada mesmo.
Estávamos bem.
Até arrisco que muito bem.
Havia aromas floridos por aí.
“Hummm… estas flores!”
Havia paisagens e campos sem distância.
(Ainda há, não há?)
“Há sempre”, respondeste. A uma pergunta qualquer sem sentido.
Muralhas e imagens para sempre.
Abraços e caminhos até ao fim.
“Vamos correr nestas muralhas. São a nossa história”.
(Pensei agora).
Se formos embora, para onde vamos?
“Vamos por aí. Sabemos sempre onde ir”.
E depois fomos.
E vamos.

1 Comments:

Blogger molin said...

Vão sempre. Sem nunca se enganarem no caminho. E melhor do que saber para onde se vai, é ter a certeza de com quem se quer ir...

July 12, 2007 11:26 AM  

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