Tuesday, July 10, 2007

Enquanto houver estrada para andar

As estradas são cada vez mais largas e as distâncias cada vez mais curtas.
Os quilómetros percorridos calcam os dias e as noites.
A distância, curta, torna-se dolorosa. Porque é distância.
E as distâncias doem.
Os sonhos dissipam-se e avivam-se. As memórias funcionam como suporte das mágoas. E acredita-se.
Depois tudo esmorece num só gesto. Tudo o que se acredita cai por terra. E morre.
Mas recupera-se do susto. Das dores e das certezas (que afinal são só minhas).
(É paranóia? Delírio? É certeza? Ou não?).
De noite, há empurrões e olhares de soslaio para as memórias que perduram. As inevitáveis comparações invadem-lhe a mente. Mas acredita-se de novo.
Porque é que se acredita sempre mesmo quando a fé é dolorosa?

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