Alguns silêncios

A noite não tinha bastado. Nunca basta. Nunca bastam os instantes, os momentos.
Os desejos. Nunca acabam.
A chegada:
Pé ante pé. Em silêncio. Bastam sempre os silêncios. Desta vez, porém, era uma exigência.
- Não sei que cá está alguém. Também não interessa. Não fazemos muito barulho. Tinha saudades tuas e queria muito estar contigo. Preciso de colo e mimos. Ontem não chegou.
Os silêncios de novo. Não era preciso mais nada.
Os apelos:
- Desculpa.
- Desculpa porquê? Nunca me peças desculpa por isso. Nunca me peças desculpa por nada. Essa é uma dádiva das mulheres (o sorriso matou o resto).
- Sim.
Entretanto, conversas sobre limites. Sobre incapacidades. Amores. Já não há medos.
Olhares perdidos no quarto. A claridade de uma janela para o Mundo.
O adeus e novos silêncios:
Nunca há adeus quando se quer ficar sempre.
- Vivo bem com estas dualidades.
- Já tenho saudades tuas.
Novos silêncios. A sós. Agora.
1 Comments:
simplesmente, HARMONIA.
os teus textos são muito lindos ;-)
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