Monday, March 05, 2007

Vinho Tinto, Poesia e muita Virtude


Da Música:
Saborear cada acorde como se o som fosse o pêndulo do coração. Viver o instante único e eternizá-lo ao som descompassado de um DJ improvisado mas verdadeiramente fiel ao momento. Sentir a luz, caída e oportuna. Cintilante e vibrante ao toque de cada olhar. De cada nota. Inconformada no toque subtil de uns dedos. Meigos. Entrar, nesse olhos, como num estreita cordilheira. Perder o rumo e aceitar a dualidade. Sem medo.
Da Poesia:
Ir para onde o vento me leva. Sem pensar. Sair cedo. Chegar tarde. Dormir. Não dormir. Horas, relógios, despertadores. Algumas girafas. Recordações e fotografias. Suores. Quentes e frios. Medos que se vão. Corpos que se aceitam. Sem complicações. Sem vergonhas. Apenas Estar.
Baudelaire, "É preciso estar sempre embriagado. Para não sentirem o fardo incrível do tempo, que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso. Com quê? Com vinho, poesia, ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se."

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